Advento 2005
I Encontro de Oração
Paróquia de S. João Evangelista
"Sejam Alegres na Esperança que têm" Romanos 12,12
Acolhimento
Cântico
Partilha
Meditemos em silêncio sobre o dia que passou, lembrando as nossas faltas de amor, tanto a Deus como ao próximo.
Senhor, que vieste para salvar os corações arrependidos, tem piedade de nós.
Senhor, tem piedade de nós.
Cristo, que vieste para chamar os pecadores, tem piedade de nós.
Cristo, tem piedade de nós.
Senhor, que intercedes por nós junto do Pai, tem piedade de nós.
Senhor tem piedade de nós.
Deus omnipotente tenha misericórdia de nós; perdoe os nossos pecados; e nos guarde na vida eterna. Ámen.
Oração para a coroa do Advento
A Igreja inteira se alegra, Deus da esperança, ante a chegada de Jesus Cristo como luz verdadeira para iluminar aos que estavam nas trevas. Fizemos esta coroa com ramos e adornamo-la com velas. Na preparação do Natal, pedimos-te Senhor, que nos ilumines com a claridade do teu Filho, luz do mundo, que vive e reina contigo pelos séculos dos séculos. Amén.
Cântico de Esperança (Salmo 130)
-Do fundo do abismo clamo a Ti, Senhor.
Senhor, ouve a minha prece!
Estejam atentos os teus ouvidos
À voz da minha súplica.
Confia minha alma no Senhor, n'Ele está a minha esperança.
- Se Tu, Senhor, tiveres em conta os pecados,
quem poderá subsistir?
Mas junto de Ti encontramos o perdão,
por isso te respeitamos.
Confia minha alma no Senhor, n'Ele está a minha esperança.
-Eu espero no Senhor, a minha alma espera,
confio na Sua palavra.
A minha alma espera pelo Senhor,
mais do que a sentinela pela aurora.
Confia minha alma no Senhor, n'Ele está a minha esperança.
-Como a sentinela espera pela aurora,
também Israel espera pelo Senhor,
porque d'Ele vem a misericórdia
e abundante redenção.
Confia minha alma no Senhor, n'Ele está a minha esperança.
-Ele mesmo há-de remir Israel
de todos os seus pecados.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, é agora e será sempre. Ámen.
Texto para reflexão
Esperar
"Esta Esperança não nos engana, porque Deus encheu-nos o coração com o seu amor, por meio do Espírito Santo que é dom de Deus".Em certos momentos da vida é difícil de partilhar o grito de gozo e de confiança do Apóstolo Paulo na sua Epistola aos Romanos. Quando a tempestade sopra e atinge os fundamentos da nossa existência, quando a nossa confiança na bondade dos outros é posta à prova, quando vacila a fé em Deus, que esperança nos resta? Mas a palavra do Apóstolo não é uma palavra para o mar calmo. Fundada na experiência, ela suporta-nos nas nossas tribulações : "Nós sentimos alegria nos nossos sofrimentos, porque o sofrimento produz a paciência; a paciência provoca a firmeza nas dificuldades, e a firmeza produz a esperança." (Romanos 5,3-4).
Esta esperança não repousa nas nossas forças, mas sobre aquilo que Deus realizou uma vez por todas em Jesus:"Na verdade, quando nós vivíamos ainda nas nossas fraquezas, Cristo, no seu devido tempo, morreu por nós pecadores. Seria muito difícil alguém morrer por uma pessoa mesmo que ela fosse inocente. De facto talvez alguém seja capaz de dar a vida por uma pessoa boa. Mas Deus mostrou-nos até que ponto nos ama, pois quando ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós." (Romanos 5, 6-8). Paulo encoraja-nos então a colocarmos o nosso orgulho em Deus, a nos gloriamos n'Ele, ou seja, a não buscarmos em nós próprios as forças e as razões de esperar, mas sim em fundamentá-las em Cristo que nos reconciliou com Deus. Muitas vezes os motivos da nossa espera revelam-se ilusórios. Uma vez mais, deve-se recorrer à distinção tradicional entre espera e esperança, entre projectos pessoais e vontade de Deus, visão humana e visão divina. Entretanto, a esperança não é um dom exterior às nossas vidas: o próprio Deus vem inscreve-la nos nossos projectos, renovando-os, e dando-nos a força para o momento da prova, de forma a não darmos crédito à voz que no mais fundo de nós mesmos nos diz : "Onde está ele, o teu Deus ?".
Distinguir entre espera e esperança permite-nos entender o trabalho da fé e do amor em muitos lugares nos quais a humanidade está fortemente exposta : o compromisso politico; a educação dos jovens que traduz fé no futuro; o tratamento e acompanhamento de doentes; as situações de violência. Nestes contextos onde a desesperança se pode insinuar, somos convidados com a Igreja a colocarmo-nos à mesa dos peregrinos de Emaús na qual a crise é vencida pela esperança e se torna possível sair da desolação espiritual.
Paulo indica a direcção última da esperança: a glória de Deus. "A nossa felicidade consiste em tomar parte na glória de Deus" (Romanos 5,2). Esta glória, frágil e muitas vezes ameaçada, repousa em Jerusalém. No final dos tempos, Jerusalém, no meio das tribulações, concentra a nossa esperança, na espera da vinda de Cristo. Será Ele que virá cumprir todas as coisas numa humanidade reconciliada, da qual Jerusalém é a figura. (texto traduzido e adaptado da revista Christus - Abril 2005)
Responsório:
Em paz nos deitaremos e dormiremos;
Porque só Tu, Senhor, nos fazes habitar em segurança.
Nas tuas mãos, Senhor, entrego o meu espírito;
Tu nos redimirás, Senhor Deus da verdade.
Durante a noite, guarda-nos de todo o pecado;
Tem misericórdia de nós Senhor, tem misericórdia.
Senhor, ouve a nossa oração;
E chegue a Ti a nossa prece.
Pai Nosso